Cena do filme Quinteto Irreverente (Amici Miei II), de Mario Monicelli, 1982
Imprensar: verbo transitivo direto. Apertar. Dar uma "prensa". Eu imprenso, tu imprensas, ele imprensa.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Adeus, Monicelli
Cena do filme Quinteto Irreverente (Amici Miei II), de Mario Monicelli, 1982
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Nada de novo no front
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Íntegra da Coletiva de Lula - 24/11
A entrevista coletiva do presidente Lula para blogueiros, realizada hoje pela manhã, foi transmitida ao vivo por este e por vários blogs brasileiros.
A mídia alternativa sobe a rampa
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Dona Dilma, quem fez isso com meu carro?
Como até o bueiro da minha rua sabe, a Folha apoiou o regime militar. Mais recentemente, classificou-o como "ditabranda", algo assim, digamos, bem "maneirinho". Algumas capas de 1964 mostram exatamente aonde estava preso o rabo da Folha: na malditadura, oras!
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
O jornalismo do ódio: TV Globo SC
A crônica esportiva na marca do pênalti
Justamente por ser um esporte de contato físico, há um conjunto de regras que explicitam as situações em que o lance deve correr normalmente ou deve ser apontado como falta pelo juiz.
Em linhas gerais, pode haver o contato desde que não seja usado para impedir a progressão do atacante que possa resultar em gol. Se não fosse desse jeito, carrinho no pé do adversário seria lance normal. O soco, a gravata e a cabeçada também.
Pois algo assim, tão simples de entender até pelo poste da minha rua, tem sido a grande dificuldade dos nossos comentaristas de futebol, cujo inconformismo com certas marcações dos juízes os leva a analisar alguns lances sob a ótica de uma subjetividade que o conjunto de regras rejeita claramente. E eles vão mais além. Muitas vezes, utilizam como parâmetros a postura de outros árbitros em determinadas partidas. “Falta como essa ninguém marca”. Ou “ninguém marca pênalti faltando três minutos para acabar o jogo”. Ou seja: passam a classificar como exageros as decisões de juízes que aplicam tão bem as regras.
O jogo daquele sábado, dia 13 de novembro de 2010, deixou claras as deficiências da profissão de jornalista. Assisti ao jogo no pay-per-view e fiquei surpreso quando vi vários comentaristas entrarem no clima criado pelo Cruzeiro e demonstrarem indignação com o pênalti marcado. O que está acontecendo - pensei - a imprensa golpista entrou em campo? Fui zapeando entre os canais esportivos da TV a cabo e em algumas emissoras de rádio e constatei a tragédia em que se encontra nossa crônica esportiva.
Ela não chega a ser golpista. É ruindade mesmo. Muitos comentaristas, com anos de janela, desconhecem os detalhes das regras. Alguns vestem a camisa dos seus clubes. Ou até dos seus partidos, se houver alguma vinculação política de determinado time.
Um conhecido comentarista, em viagem pela Bahia, entrou ao vivo na rádio Bandeirantes para protestar contra a marcação do juiz. E, nos dias seguintes, martelou o assunto, estimulando a polêmica para segurar a audiência. Outro jornalista, da ESPN, era o mais exaltado de todos. Mostrou, também ao vivo, toda sua revolta e indignação contra o “pênalti absurdo”. Há anos ele leva adiante uma esquisita campanha contra a marcação de pênaltis. A decisão do árbitro, para este representante da liga antipênalti, logicamente virou um prato cheio. A sua fúria foi registrada também em seu blog e em outras aparições no canal esportivo.
Mas, o mais grave de tudo isso é que tais profissionais se esquecem com frequência de que não estão na mesa de um bar, entre amigos, onde podem dizer o que vier na veneta. Falam ou escrevem para milhares. Para milhões, dependendo do meio. Podem influenciar decisivamente a opinião pública e contribuir para a desqualificação, intencional ou não, das conquistas de determinada agremiação que, a princípio, venceu por seus méritos, caso não se prove o contrário.
Tecer comentários sem se preocupar com a sua repercussão é uma das falhas mais graves do jornalismo brasileiro. Equivale a acusar sem provas. A fazer ilações sem obedecer à lógica. Nesta profissão, não cabe apenas reivindicar o acesso à liberdade de expressão. A atuação do jornalista é bem mais complexa do que tal generalidade. Mais que direitos, há deveres a serem cumpridos, que passam obrigatoriamente pela boa informação. Pela verdade. Pela real apuração dos fatos. E quando se começa a brigar com a notícia ou com o registro da imagem, a credibilidade vai ao fundo do poço.
O pênalti de sábado existiu e foi bem marcado pelo árbitro. Não era para ser polêmico. Deveria haver apenas indignação dos comentaristas pela atitude irresponsável dos dirigentes do Cruzeiro, que optaram por denunciar uma improvável mutreta para encobrir a queda de produção do time na reta final. Pois, depois desse dia, de mais um vexame da mídia brasileira, quem está na marca da cal não é a bola. É a imprensa esportiva. Ou muda e se aperfeiçoa ou vai ser chutada para a bandeirinha de escanteio. Como já aconteceu com o jornalismo político recentemente, escanteado pelas urnas nas últimas eleições.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Comunicação Democrática
É preciso também incluir os serviços de jornalismo no Supersimples para expandir a imprensa alternativa. Ampliar o campo profissional e disseminar a segmentação. O Supersimples poderá dar um novo gás ao jornalismo comunitário, principalmente do meio impresso.
É necessário modificar os critérios de concessão das rádios comunitárias. Hoje, é muito restritiva. Muitas das entidades contempladas na última licitação em São Paulo, após uma série de regras draconianas, ainda não obtiveram a autorização do Ministério das Comunicações. Também seria interessante oferecer linhas de crédito para a aquisição de equipamentos.
Por fim, a internet. Antes de tudo, é preciso barrar a aprovação pelo Congresso do chamado AI-5 digital, projeto de lei elaborado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB), que restringe de modo absurdo o uso da internet e das próprias redes sociais. Nesta eleição, os blogs tiveram uma atuação significativa no sentido de restabelecer a verdade e combater as artimanhas da grande imprensa.
As entidades de classe têm que insistir na aprovação do Conselho Federal de Jornalistas, para fiscalizar o exercício da profissão, no sentido de coibir abusos. Com essas medidas, creio que poderemos enfim iniciar o processo de democratização dos meios de comunicação, criando-se alternativas sólidas às ações golpistas de parte da imprensa nacional.