A seleção do Felipão e o Felipão entraram para o rol das vítimas da
nossa imprensa esquizofrênica. Sabe aquela coisa de dar
vaticínios furados, valorizar detalhes insignificantes em detrimento das
notícias realmente importantes, criar um clima de profundo pessimismo no País por meio de chamadas negativas e
achar que isso pode influenciar de alguma maneira o resultado das
próximas eleições - tudo o que fizeram no período pré-Copa? Pois é. Agora é a vez de tentar conturbar o ambiente da seleção.
O técnico da seleção sentiu o golpe e já começou a demonstrar sua insatisfação. Dias atrás, ele detonou a leitura labial feita por algumas emissoras de TV, como o canal ESPN e a rede Globo. Uma espécie de molecagem que pode prejudicar a comunicação entre comandante e comandados e dar pistas aos adversários sobre táticas de jogo.
O técnico da seleção sentiu o golpe e já começou a demonstrar sua insatisfação. Dias atrás, ele detonou a leitura labial feita por algumas emissoras de TV, como o canal ESPN e a rede Globo. Uma espécie de molecagem que pode prejudicar a comunicação entre comandante e comandados e dar pistas aos adversários sobre táticas de jogo.
Recentemente, ele reclamou da postura exagerada da imprensa em relação
ao pênalti cavado por Fred contra a Croácia, enquanto a confissão do
holandês Roubben, de que simulou faltas, passou batida. E agora, nossa
mídia explora ao máximo os supostos problemas psicológicos dos nossos
jogadores. Comentaristas, psicanalistas, ex-jogadores e até fabricantes de lenços são chamados a
opinar se é bom para a seleção chorar antes ou depois do hino ou em plena disputa de pênaltis.
Pegando carona no fraco desempenho do Brasil contra o Chile, a imprensa tentou tirar a confiança dos brasileiros em sua seleção. O portal Uol/Folha estampou a seguinte manchete nas horas seguintes à disputa de pênaltis: "Júlio César e trave salvam Brasil de um vexame". Mas, nos dias seguintes, não houve manchetes como "Pênalti duvidoso evita vexame da Holanda" e "Gol espírita salva a Alemanha de desclassificação vexatória".
Pegando carona no fraco desempenho do Brasil contra o Chile, a imprensa tentou tirar a confiança dos brasileiros em sua seleção. O portal Uol/Folha estampou a seguinte manchete nas horas seguintes à disputa de pênaltis: "Júlio César e trave salvam Brasil de um vexame". Mas, nos dias seguintes, não houve manchetes como "Pênalti duvidoso evita vexame da Holanda" e "Gol espírita salva a Alemanha de desclassificação vexatória".
No programa Linha de Passe, da ESPN, na
segunda-feira, uma enquete entre os "fãs do esporte", como a emissora
costuma chamar seus espectadores, apontou a Colômbia com maior
possibilidade de avançar na Copa, para deleite de alguns comentaristas do programa.
Entretanto, as dificuldades das seleções mais fortes em vencer seus jogos provaram que nenhum time está livre de apresentar um mau desempenho em campo. Quatro times venceram na prorrogação com muitas dificuldades. Brasil e Costa Rica ganharam nos pênaltis. A Holanda virou um jogo praticamente perdido nos últimos minutos, graças a uma decisão polêmica do juiz.
Entretanto, as dificuldades das seleções mais fortes em vencer seus jogos provaram que nenhum time está livre de apresentar um mau desempenho em campo. Quatro times venceram na prorrogação com muitas dificuldades. Brasil e Costa Rica ganharam nos pênaltis. A Holanda virou um jogo praticamente perdido nos últimos minutos, graças a uma decisão polêmica do juiz.
Nas análises sobre a atuação do "escrete canarinho" deveria ser considerada a força do Chile, destacada por Felipão havia algum tempo. O time fez boa campanha na primeira fase e era o mais perigoso entre os segundos colocados dos grupos. É óbvio que o jogo seria bem difícil. Como era natural o nervosismo de alguns jogadores diante da possibilidade da desclassificação.
O que ficou evidente é que as seleções consideradas mais fracas estão jogando de igual para igual com as de maior tradição .Muitas delas, mesmo ficando no meio do caminho, estão fazendo história, com classificações inéditas. Um dos motivos é a forte globalização do futebol, que dá muita experiência internacional a jogadores e treinadores.
Só que a imprensa brasileira não quer saber de análises mais profundas. Assumiu de vez o seu papel de partido político. Não quer que mais nada dê certo neste País até outubro. E isso inclui a campanha pelo hexa. Durante meses, a mídia viveu uma dualidade impressionante, pois ao mesmo tempo em que tentava detonar o evento para jogar o possível fiasco no colo do governo, via-se obrigada a fazer a cobertura da Copa da melhor forma possível, por questões ligadas ao mercado e à busca de informação da sociedade.
O que ficou evidente é que as seleções consideradas mais fracas estão jogando de igual para igual com as de maior tradição .Muitas delas, mesmo ficando no meio do caminho, estão fazendo história, com classificações inéditas. Um dos motivos é a forte globalização do futebol, que dá muita experiência internacional a jogadores e treinadores.
Só que a imprensa brasileira não quer saber de análises mais profundas. Assumiu de vez o seu papel de partido político. Não quer que mais nada dê certo neste País até outubro. E isso inclui a campanha pelo hexa. Durante meses, a mídia viveu uma dualidade impressionante, pois ao mesmo tempo em que tentava detonar o evento para jogar o possível fiasco no colo do governo, via-se obrigada a fazer a cobertura da Copa da melhor forma possível, por questões ligadas ao mercado e à busca de informação da sociedade.
Como o evento está sendo um sucesso absoluto, praticamente irretocável, só resta agora tentar impedir a conquista da taça - que, na ótica enviesada da imprensa, seria igualmente catastrófica para as aspirações da candidata da situação. E, claro, haveria por parte de alguns críticos aquele prazerzinho especial, bem mórbido, de soltar a frase: "eu não falei que não iria dar certo? Ó vida, ó azar...
No momento, esta imprensa é o 12º jogador, só que dos times
adversários. Uma espécie de quinta- coluna, com sabotadores e boateiros agindo contra os desejos dos brasileiros. Felipão já percebeu em quem deve fazer a forte marcação. E
acho bom "bater na medalhinha", pois, se deixar a imprensa fazer o seu
jogo, o hexa irá para o brejo, frustrando os torcedores do País.