domingo, 30 de outubro de 2011

Cresce Brasil!

A pior doença do ser humano não é o câncer. É o preconceito. E o preconceito sempre acaba por nos levar à barbárie, cometida nas palavras, nos gestos, no regozijo diante das crises pessoais dos seus adversários políticos. O Brasil está se tornando uma potência econômica em meio à crise mundial, mas nunca será grande de fato enquanto seus cidadãos não aprenderem a conviver com as diferenças, sejam elas nos campos político, social, sexual, regional etc. Para termos um País grande, nós, cidadãos, temos que ser gigantes por dentro. A tarefa é árdua, mas não custa tentar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Jobs, o legado

Quatro maçãs foram importantes para a história do mundo.
Se levarmos o contexto bíblico em consideração, o marco zero da humanidade acontece com Adão e Eva, que também protagonizam o estarte para a profusão de pecados que estamos sujeitos a cometer em qualquer momento da vida. E tudo a partir de uma simples mordida, ocorrida alguns milênios atrás.
Outra maçã talvez não tenha chegado a levar uma dentada em sua carne suculenta, mas foi inspiração para Isaac Newton decifrar e estabelecer a Lei da Gravidade, importantíssima, pois nos mantém fixados ao solo de um mundo arredondado e impede que flutuemos (ou flanemos) a esmo por aí.
Nos anos 60, a mesma fruta, cortada ao meio e dividida em lados A e B, foi a divisora de águas da música popular internacional. Símbolo da gravadora Apple, ela está diretamente ligada ao sucesso de quatro garotos de Liverpool, ícones de um sonho que terminaria na década seguinte.
E, claro, mais recentemente, outra Apple entraria em nossas vidas de forma definitiva, mesmo para quem jamais pode usar um computador Macintosh, espécie de nome fantasia do mais famoso fabricante de computadores no mundo.
O logotipo dessa Apple, uma maçã mordiscada, talvez nos remeta ao pecado original, a Adão e Eva. Se eles tivessem PCs naquela época, poderiam checar no Google os riscos de se contrariar uma ordem de Deus. Talvez o mundo, desde o início, seria bem diferente do que vemos hoje.
Mas coube à Apple, de Steve Jobs, contribuir para as mudanças mais significativas na relação entre o homem e a máquina...a máquina e o homem...o homem e o homem...a máquina e a máquina...é por aí.
Se a Microsoft enjaulou o computador pessoal, com o seu absurdo sistema operacional DOS, Jobs foi mais longe: domesticou o PC. E foi bem melhor. Gates nos obrigava a decorar comandos e mais comandos no prompt daquelas telinhas de fósforo verde, ao mesmo tempo em que Jobs nos encantava com janelas e mais janelas que se abriam ao comando de um mouse, mostrando as maravilhas da interface gráfica cujo princípio é usado até hoje (apesar de que, nos primeiros sistemas operacionais do Macintosh, as janelas só ficavam abertas enquanto o botão do mouse permanecia pressionado - soltou, fechou).
Gates foi rápido no gatilho ao perceber que o futuro estava ali, pertinho, nas cercanias do Vale do Silício, e adotou as janelas como padrão, o popular Windows (ou Ruindows, como afirmam os macmaníacos e designer gráficos). O DOS, porém, permanece camuflado na embalagem colorida de todos os sistemas operacionais da Microsoft, até nos mais recentes. É, realmente, o campeão em vendas no mundo inteiro, o que enche de esperança o concorrente direto da Coca-Cola: será que um dia poderá ser Pepsi também?
Apple-Macintosh continua sendo para poucos. Produtos quase exclusivos, apenas para bolsos polpudos. Entretanto, a facilidade de uso do PC e a a mística da maçã mordida são os legados de Jobs neste mundo consumista em que vivemos. O desejo latente de se ter um "i" qualquer coisa é um sonho que está muito longe de terminar.

O primeiro Macintosh a gente nunca esquece: modelo Performa 6360 - 1 GB de HD