2) E o governador paulista, hein? Um dia depois do acidente aéreo, Alckmin virou o porta-voz do IML. Ele apareceu em todos os jornais da TV Globo passando informações sobre a identificação dos corpos. Sempre com aquele jeito "picolé de chuchu" de ser que o paulista tanto gosta. Se pudesse, certamente ele prolongaria o trabalho dos legistas até 5 de outubro, se não houver segundo turno.
3) E o irmão do Eduardo Campos, hein? Esse não perde tempo. Um dia depois do acidente, já se manifestou a favor da candidatura de Marina. E deixou no ar que aceitaria ser o vice da chapa. E tenta influenciar a decisão do partido. E, claro, demonstrou tristeza com a situação. Só não sei a ordem em que se deu tudo isso.
4) E a imprensa, hein? Parece que desembarcou da candidatura
tucana e resolveu carregar Marina nos ombros. Afinal, jogador que não rende em
campo precisa ser substituído antes do final da partida. O clima nos jornais é
de vitória no primeiro turno. Mas, como afirmou o filósofo Paulo Preto, não se
abandona assim um líder ferido no meio da estrada. Ou numa pista de pouso...
5) E Marina Silva, hein? Ela sugeriu Renata, a esposa de
Eduardo Campos, como vice numa chapa em que seria a candidata a presidente.
Algo muito comovente, vindo de alguém que não costuma perder as oportunidades
que lhe aparecem. Só esqueceu que há cinco órfãos contando com a presença da
mãe para lhes consolar. E não devem estar refeitos do choque, apesar do tanto
de tempo que se passou após a morte do pai: dois dias!
(publicado originalmente no dia 15 de agosto de 2014, no facebook)
(publicado originalmente no dia 15 de agosto de 2014, no facebook)