Gostaria de ver a sua reação se um estádio lotado a
mandasse tomar naquele lugar, em rede mundial de TV. Ou se fosse chamada de
presidANTA por milhares de feicebuqueiros; ou ridicularizada
diuturnamente nas redes sociais por meio de montagens maldosas; ou malhada
impiedosamente pela imprensa.
Ou, muito pior, se fosse torturada nos porões da ditadura
militar...não, isso não. Não desejo algo semelhante a nenhum candidato, mesmo
que aceite o apoio dos "aposentecs" de farda e passe a agradecer aos
militares pela transição.
Sei de alguém que passou por tudo isso (menos o apoio dos
militares) e se manteve firme, sem deixar escapar uma lágrima em público. Sei
de outras que também dispensam o chororô em momentos de crise. Merckel,
Bachelet, Kirchner...
Vai, Marina! Pare de se esconder na barra da saia da
imprensa e do pastor Malafaia. Venha discutir propostas de governo. Fale mais
sobre o seu "neoneoliberalismo", que defende a independência do Banco
Central, algo tão radical que nem o ultraliberal FHC teve coragem de
implantar...
Explique essa história de tirar poderes da Justiça do
Trabalho, o que sinaliza mudanças na legislação trabalhista, bem ao agrado dos
patrões brasileiros. Defina-se em relação aos transgênicos: é contra, a favor
ou passa? E a homofobia? E o pré-sal?
Já estou achando que você elabora a sua opinião na base
da roleta, cujo ponteiro só gira para a direita. Aquilo que for indicado, você
defende - com unhas, dentes e muita fé. A candidata Rolando Lero, no estilo
Roletrando, campeã de Banco Imobiliário, rsrs
Marina, este papel de vítima, só pega bem nas telas de
cinema. Você é candidata à Presidência da República, não a representante de uma
sala de aula do jardim da infância. Nem ao Oscar. Que a Veja, em sua mais
recente edição, proponha um debate infantilizado, tudo bem. Sabemos que apito
ela toca. Mas, e aquele passado de tantas lutas e glórias? Colocou um pedra
preta sobre ele? Um...itaú?