domingo, 9 de novembro de 2014

Preguiça

Até Geraldo Alckmin já desceu do palanque e foi tratar da vida de governador, que não anda muito fácil por causa da falta de água. Em entrevista aos jornais paulistas, ele condenou os pedidos de intervenção militar e defendeu a democracia e a reforma política. Bem mais humilde que o normal, pediu ajuda ao governo federal para resolver o problema da seca.
Para ser bem sincero, esse mimimi pós-eleitoral está me dando uma preguiça danada. A oposição quer o impeachment da presidenta com base apenas no que a Veja disse que o MP disse que o doleiro disse, sem apresentar provas concretas. Pede a recontagem de votos (ops, auditoria...) e apresenta farta documentação: cópias e cópias dos memes falsos que circulam pelo facebook e whatsapp.
Convenhamos: ser liderado por Lobão, Bolsonaro e Danilo Gentili não é para qualquer ser humano, hahaha.
Acho que, diante do quadro patético, Alckmin sentiu muita vergonha deste novo modo tucano de agir e desembarcou da pantomima. Ou então, bateu uma preguiça bem semelhante à que eu sinto no momento.
Portanto, tucanos do bem, fica a dica para não pagar tanto mico: sigam o mestre de vocês. Imitem o picolé de chuchu e desçam desse palanque que mais parece circo dos horrores; armem-se apenas com suas forquilhas e ajudem a procurar água, com a força da radiestesia.
A luta continua, é claro. Mais à frente poderemos ter plebiscitos sobre reforma política e regulamentação da mídia e cada parte levantará suas bandeiras em defesa desta ou daquela posição. Sim, o doleiro e o ex-diretor de Petrobrás podem apresentar as provas do envolvimento de fulanos, beltranos, sicranos e outros "anos". Até tucanos.
Mas acredito que o momento está mais para enfeitar as respectivas árvores de natal do que denunciar a infiltração comunista no País por meio daquele agente da KGB que se veste de vermelho e invade as casas pelas chaminés: Santa Klaus, vulgo Papai Noel.

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