domingo, 6 de setembro de 2015

Fiel boicota o rei "do merchã", que sente o golpe

   Nas últimas semanas, o jornalista Milton Neves ultrapassou a fronteira do bom senso com as suas reiteradas acusações infundadas em relação a um suposto favorecimento do Corinthians no Campeonato Brasileiro por parte dos árbitros, que ele chama jocosamente de "apito amigo".

   Com certeza, o comunicador não é o único a fazer ilações a respeito da atuação dos árbitros, mas é o mais estridente. O mais irônico. O que age com total parcialidade, já que se declara torcedor do Atlético Mineiro, cujo técnico e dirigentes não se constrangem em "denunciar" esquemas e apontar o dedo acusatório para o líder do campeonato sempre que o time obtém maus resultados dentro de campo.

   Sim, prevalece a sensação de que aconteceram mais erros de arbitragem no atual torneio do que em campeonatos passados. Mas esta sensação é muito reforçada pela alta tecnologia das câmeras de TV, que capturam os lances em seus mínimos detalhes, com direito a inúmeros repetecos, em ângulos que não correspondem à visão do árbitro e dos auxiliares.

   Alguns erros de arbitragem certamente favoreceram o Timão, mas também facilitaram a vitória de outros clubes, mesmo que involuntariamente. Eles costumam ser "democráticos", pois atingem todos os clubes. O próprio Atlético venceu o Palmeiras graças a um pênalti inexistente. O Santos, por exemplo, é o recordista em pênaltis a favor até o presente momento: sete. Um deles foi marcado porque o seu atacante tropeçou na grama! 

   No final das contas, apesar da chiadeira e da choradeira, o impacto dos erros de arbitragem pouco interferem na soma dos pontos. As estatísticas comprovam que, se fossem evitados, a classificação permaneceria inalterada, com o Corinthians na liderança. Por quê? Ora, se o clube foi favorecido em dois ou três lances, também foi prejudicado na mesma proporção. Basta puxar pela memória ou consultar o Google.

   Entretanto, o jornalista ignora solenemente todas as informações que poderiam melar a sua teoria da conspiração baseada no apito amigo. E transfere automaticamente para o ramo do esporte o mesmo tipo de golpismo que vemos diariamente na mídia do País, estimulando linchamentos públicos e disseminando o ódio contra governantes eleitos legitimamente.

   Uma coisa é discutir teorias da conspiração nos botecos da vida e nas redes sociais, em tom de brincadeira, sem maiores consequências. Outra coisa é usar canais públicos de informação como o rádio e a TV para fazer comentários levianos, sem fatos que comprovem as acusações, desqualificando o trabalho de profissionais dos clubes, desrespeitando a massa de torcedores e expondo árbitros às ameaças da torcida rival.

   Na última quarta-feira, por exemplo, o árbitro da partida Atlético Mineiro X Atlético Paranaense teve que permanecer na arena até de madrugada, pois havia atleticanos à sua espera no hotel onde estava hospedado.

   Sabemos que parte da mídia esportiva, especialmente Milton Neves e o UOL, usa o Corinthians para gerar audiência, elemento fundamental para conquistar mais anunciantes e elevar o preço dos anúncios. Em outras palavras, eles lucram com a polêmica. Milton Neves é famoso por praticar o merchandising em seus programas esportivos, fato criticado por jornalistas sérios, que evitam colocar a informação e o comércio no mesmo tacho.

   Só que, desta vez, numa rápida e eficiente articulação entre torcedores por meio das redes sociais, a Fiel Torcida foi pra cima do comunicador e começou a pressionar os seus parceiros comerciais, que sofrerão boicote se continuarem a usar o jornalista como "garoto-propaganda".

   A campanha foi viralizada principalmente no Facebook, em grupos como Democracia Corinthiana, Barbearia Miguel Battaglia - Corinthianismo Vivo, Rádio Resistência, Resistência Corinthiana e Corinthians, o Campeão dos Campeões, entre outros.

   É bom lembrar que o Corinthians é uma das marcas mais valiosas do mercado graças ao poder de consumo dos 30 milhões de torcedores.

   Ao longo da última sexta-feira, 4 de setembro, as páginas de empresas como Rafarillo, Cerveja Proibida, Construtora Esser, Sucos Camp, Sky, Esfihas Juventus, Aurora Alimentos, Bioleve, Netshoes, Carrefour, Banco do Brasil, Bradesco e outras patrocinadoras receberam mensagens - duras, porém educadas - dos corinthianos, saturados com o vale-tudo que tomou conta da imprensa esportiva e de parte da sociedade que escolheram como alvo um dos clubes mais populares do Brasil.

   No final do dia, o comunicador publicou texto agressivo e arrogante, emitindo sinais de que sentiu o golpe.

   Destaco alguns trechos: "alguns corinthianos listam meus 'trocentos' anunciantes de rádio, jornal, TV e internet e enviam cartas-padrão para eles dizendo: 'ou vocês tiram o patrocínio do Milton Neves ou nunca mais compramos seus produtos'. Pode? Quanta burrice e quanta desinformação! E são burros porque se algum sair, arrumo outro. Arrumo nada, procuram-me para ocupar o lugar. Há anos que não prospecto anunciante, sou prospectado por eles."

   Como a campanha começou a surtir efeito, tudo indica que será amplificada nos próximos dias. E será uma amplificação e tanto: a página do Corinthians no Facebook tem mais de dez milhões de seguidores, um recorde na América do Sul. No twitter, outros tantos. E existem centenas de blogs na internet, além de vários grupos de whatsapp. Acho que, com esses números, inflados por tamanha indignação, dá para mensurar o tamanho da encrenca.


Este aviso viralizou nas redes sociais

O rei do merchã usa e abusa das acusações sem fundamento.

Outro meme que circulou no facebook

Comentários dos corinthianos inundaram as páginas dos patrocinadores do comunicador.







3 comentários:

  1. Esse é o rei do jabá. Processa todos os seus críticos, como Juca Kfouri. É asqueroso.

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  2. Háááh, se fudeu agora seu cabeção, agora chupa essa manga otário!!!

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  3. Rafarillo
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