É preciso também incluir os serviços de jornalismo no Supersimples para expandir a imprensa alternativa. Ampliar o campo profissional e disseminar a segmentação. O Supersimples poderá dar um novo gás ao jornalismo comunitário, principalmente do meio impresso.
É necessário modificar os critérios de concessão das rádios comunitárias. Hoje, é muito restritiva. Muitas das entidades contempladas na última licitação em São Paulo, após uma série de regras draconianas, ainda não obtiveram a autorização do Ministério das Comunicações. Também seria interessante oferecer linhas de crédito para a aquisição de equipamentos.
Por fim, a internet. Antes de tudo, é preciso barrar a aprovação pelo Congresso do chamado AI-5 digital, projeto de lei elaborado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB), que restringe de modo absurdo o uso da internet e das próprias redes sociais. Nesta eleição, os blogs tiveram uma atuação significativa no sentido de restabelecer a verdade e combater as artimanhas da grande imprensa.
As entidades de classe têm que insistir na aprovação do Conselho Federal de Jornalistas, para fiscalizar o exercício da profissão, no sentido de coibir abusos. Com essas medidas, creio que poderemos enfim iniciar o processo de democratização dos meios de comunicação, criando-se alternativas sólidas às ações golpistas de parte da imprensa nacional.