Na última
sexta-feira, só me faltou ter um bugue para descer a serra da rodovia dos
Tamoios com emoção. Caminhões, neblina, velocidades que oscilam entre 30 e 40
km/h, radares e o cúmulo do improviso naquilo que o governo paulista chama de
"operação descida".
A duplicação
da rodovia prometida pelos tucanos há 20 anos, só iniciada em 2013, parou no
trecho do planalto. Na serra, a pista continua simples. Simples demais. Nos
feriados, ela é duplicada por meio de cones que invadem a pista contrária.
Genial, não?
Depois de
trafegar um tempão na direita atrás de um caminhão, consigo ultrapassá-lo. Mas,
numa curva, dou de cara com um ônibus que sobe a serra e invade a minha pista.
Quase um beijaço! Consegui evitar o choque desviando na hora agá.
Obviamente
mandei o governador negligente para a PQP. Só não o xinguei mais porque ele
continua fazendo obras na pista por meio da iniciativa privada: duas praças de
pedágio num trecho de 70 km, que se somarão às três existentes na Airton Senna
e Carvalho Pinto. Total: 5 pedágios em 170 km na ida. E mais cinco para voltar.
Que bom! Que
bom! É a indústria do pedágio a todo o vapor para espantar a crise. Um salve
para o MP, preocupadíssimo com a abertura da avenida Paulista aos pedestres.
Mais um salve para o Tribunal de Contas do Estado que deveria investigar onde é
aplicado o dinheiro das multas dos radares, numa rodovia cuja velocidade é de
60 km/h em 90% do trecho de planalto, além dos já citados 30 km/h na serra.
Outro salve
para uma parte dos eleitores paulistas, atentos apenas à cor vermelha das
ciclovias da capital.
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