quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Uma descida emocionante!

   Na última sexta-feira, só me faltou ter um bugue para descer a serra da rodovia dos Tamoios com emoção. Caminhões, neblina, velocidades que oscilam entre 30 e 40 km/h, radares e o cúmulo do improviso naquilo que o governo paulista chama de "operação descida".

   A duplicação da rodovia prometida pelos tucanos há 20 anos, só iniciada em 2013, parou no trecho do planalto. Na serra, a pista continua simples. Simples demais. Nos feriados, ela é duplicada por meio de cones que invadem a pista contrária. Genial, não?

   Depois de trafegar um tempão na direita atrás de um caminhão, consigo ultrapassá-lo. Mas, numa curva, dou de cara com um ônibus que sobe a serra e invade a minha pista. Quase um beijaço! Consegui evitar o choque desviando na hora agá.

   Obviamente mandei o governador negligente para a PQP. Só não o xinguei mais porque ele continua fazendo obras na pista por meio da iniciativa privada: duas praças de pedágio num trecho de 70 km, que se somarão às três existentes na Airton Senna e Carvalho Pinto. Total: 5 pedágios em 170 km na ida. E mais cinco para voltar.

   Que bom! Que bom! É a indústria do pedágio a todo o vapor para espantar a crise. Um salve para o MP, preocupadíssimo com a abertura da avenida Paulista aos pedestres. Mais um salve para o Tribunal de Contas do Estado que deveria investigar onde é aplicado o dinheiro das multas dos radares, numa rodovia cuja velocidade é de 60 km/h em 90% do trecho de planalto, além dos já citados 30 km/h na serra.

   Outro salve para uma parte dos eleitores paulistas, atentos apenas à cor vermelha das ciclovias da capital.


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