sábado, 7 de dezembro de 2013

Humor: Médicos invadem restaurante e vaiam filé a cubana

Inconformados com a vinda dos cubanos, brasileiro inovam no protesto.
(Texto produzido no dia 6 de setembro de 2013, no auge da polêmica com os médicos cubanos)

Fortaleza – Na noite de ontem, um grupo de médicos brasileiros invadiu um restaurante no centro de Fortaleza e protestou contra a crescente influência da pequena ilha comunista na cultura do Brasil. O alvo da manifestação foi o Filé a Cubana, especialidade da casa. Segundo o maitre, Oscar Dápio, os médicos estavam à paisana, sem crachás, jalecos ou estetoscópios no pescoço que pudessem identificá-los.
“Na chegada, foram muito simpáticos. Deram às crianças aqueles palitinhos de enfiar na garganta e distribuíram drágeas de amoxilina aos demais clientes, para combater futuras viroses”, conta Oscar. Acomodaram-se na mesa, olharam o cardápio rapidamente e fizeram o pedido. “Não gosto de carne vermelha, mas manda este prato aqui, ó. Só no filé...”, disse o líder do grupo, Castro Antero Loggia.
“Assim que a comida chegou, todos se levantaram com rapidez e começaram a vaiar o filé a cubana”, relata o garçom Sá K. Rolha. “Foi ensurdecedor”, diz Sá. “Até levamos multa do Psiu”. Em seguida, os manifestantes gritaram algumas palavras de ordem: ENGORDATIVO! ENCHARCADO! VOLTEM PARA CUBA, BANDO DE EMPANADOS!
Uma jovem cardiologista, doutora Nicole Esterol, retirou o receituário do bolso, rabiscou algumas palavras e fez um breve discurso. Ela disse que a popularização desses pratos faz parte da estratégia do governo para implantar o regime comunista no Brasil. “O povo engorda, fica doente e depois chamam esses guerrilheiros travestidos de doutores para tratá-los”, comentou. “Além de usarem hipnose, creio que eles colocam alguma coisa na água”, disse.
Nicole também fez uma revelação: está convicta de que 10% do valor cobrado pela iguaria vão para Cuba, para financiar a ditadura. “Está aqui, nesta revista semanal, vejam...”
Ela encerrou o discurso com gritos de “não passarão”, no que foi acompanhada pelos demais compan...ops, colegas de profissão.
Segundo o chef, tudo foi muito rápido, não deu tempo de a comida esfriar. “Em minutos, devoraram o filé sofregamente, nem se certificaram se a carne era Friboi”. Com as ervilhas que sobraram, registraram o protesto na bandeja, em letras garrafais: ABAIXO FILÉ CASTRO!
Na saída, chegaram a ameaçar o proprietário do restaurante, o finlandês Nobol “Che” Vicky. “Ou eu retiro o Filé a Cubana do cardápio ou os White Blocs retornarão armados com coquetéis margarita, feitos com garrafas de rum”. Segundo Che, eles irão acender a tocha com charutos para “sentirmos o gostinho do próprio veneno”. “Estou assustado. Pretendo mudar de ramo. Talvez um quiosque dos alfajores Havanna”, confessa o proprietário, “sim, Havanna com dois enes, para evitar problemas no futuro”.

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