Em apenas um final de semana, por meio de uma dúzia de
cliques no computador, descobrimos que:
- A CANDIDATA É TEMENTE A DEUS E AO PASTOR EVANGÉLICO SILAS
MALAFAIA, que a fez recuar nas propostas em defesa da comunidade LGBT, como o
combate à homofobia e o casamento gay. Leia aqui.
- O PROGRAMA DE GOVERNO É NEOLIBERAL. Na sua equipe
econômica aparecem nomes como Eduardo Gianetti, economista favorável a
privatização, e André Lara Resende, autor da ideia de confiscar a poupança na
era Collor. A principal assessora da campanha é Neca Setúbal, filha de Olavo Setúbal e acionista
do Banco Itaú.
Lembramos que as privatizações, da forma que ocorreram,
foram nefastas para o País, provocando o racionamento de energia no governo
FHC, o aumento das tarifas de telefonia, pedágios elevados e prejuízos
formidáveis, pois a maioria das empresas foi vendida a preços irrisórios.
A candidata promete dar independência ao Banco Central,
medida que interessa diretamente aos bancos e ao mercado financeiro; pretende
desestimular a produção do pré-sal; e defende o alinhamento automático com os
EUA, que implicaria na volta do FMI, dando pitacos na economia do País. Leia aqui.
- O VICE DE MARINA, BETO ALBUQUERQUE, disse que convocaria
as ruas para forçar o congresso a aprovar suas ideias, insinuando a reedição da
tática black bloc. Nas manifestações do ano passado, militantes da Rede,
partido não-oficial de Marina, participaram dos ataques ao prédio do Itamaraty,
em Brasília, que foi incendiado. Leia aqui.
- O CASO DO JATINHO DE EDUARDO CAMPOS está cada vez mais
nebuloso. Não se sabe até agora quem é o proprietário. Nem quem vai pagar a
indenização dos moradores que tiveram suas casas atingidas. Surge agora uma
"carta de intenção" de compra, com indícios de que seja fraude. Se o
aluguel do avião não for contabilizado na campanha, a candidatura corre o risco
de ser cassada. A procuradoria da República irá investigar o caso. Leia aqui.
Como vimos até o momento, não há nada de novo no discurso da
candidata, a não ser uma demão de verniz numa velha prática econômica que, por
onde passou, causou desemprego, corrupção, corte de gastos sociais e maior
acúmulo de capital nas mão de poucos. Some-se a isso a forte influência da
religião em decisões políticas que podem afetar a evolução da sociedade e teremos combustível para crises infindáveis, com
soluções que podem beirar a catástrofe.
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