quarta-feira, 17 de setembro de 2014

And the Oscar goes to...

De Bláblá a Buábuá...esta é Marina Silva, que fica chorosa quando alguém lhe diz umas boas verdades. E vai logo buscar o colinho quente da Veja para se proteger.

Gostaria de ver a sua reação se um estádio lotado a mandasse tomar naquele lugar, em rede mundial de TV. Ou se fosse chamada de presidANTA por milhares de feicebuqueiros; ou ridicularizada diuturnamente nas redes sociais por meio de montagens maldosas; ou malhada impiedosamente pela imprensa.

Ou, muito pior, se fosse torturada nos porões da ditadura militar...não, isso não. Não desejo algo semelhante a nenhum candidato, mesmo que aceite o apoio dos "aposentecs" de farda e passe a agradecer aos militares pela transição.

Sei de alguém que passou por tudo isso (menos o apoio dos militares) e se manteve firme, sem deixar escapar uma lágrima em público. Sei de outras que também dispensam o chororô em momentos de crise. Merckel, Bachelet, Kirchner...

Vai, Marina! Pare de se esconder na barra da saia da imprensa e do pastor Malafaia. Venha discutir propostas de governo. Fale mais sobre o seu "neoneoliberalismo", que defende a independência do Banco Central, algo tão radical que nem o ultraliberal FHC teve coragem de implantar...

Explique essa história de tirar poderes da Justiça do Trabalho, o que sinaliza mudanças na legislação trabalhista, bem ao agrado dos patrões brasileiros. Defina-se em relação aos transgênicos: é contra, a favor ou passa? E a homofobia? E o pré-sal?

Já estou achando que você elabora a sua opinião na base da roleta, cujo ponteiro só gira para a direita. Aquilo que for indicado, você defende - com unhas, dentes e muita fé. A candidata Rolando Lero, no estilo Roletrando, campeã de Banco Imobiliário, rsrs

Marina, este papel de vítima, só pega bem nas telas de cinema. Você é candidata à Presidência da República, não a representante de uma sala de aula do jardim da infância. Nem ao Oscar. Que a Veja, em sua mais recente edição, proponha um debate infantilizado, tudo bem. Sabemos que apito ela toca. Mas, e aquele passado de tantas lutas e glórias? Colocou um pedra preta sobre ele? Um...itaú?


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