quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Que venha a avalanche...

José Serra é o maior alpinista eleitoral do período pós-ditadura no Brasil. Jamais se contentou com as montanhas menores que escalou, meros degraus na busca pelo topo do "Everest"

Em 1994, foi eleito senador por São Paulo, mas não esquentou banco. Virou ministro do planejamento de FHC e abriu vaga para um tal Pedro Piva, empresário, filho do então presidente da Fiesp, o real financiador da campanha.

Em 1998, virou ministro da Saúde. E, como ministro da Saúde, candidatou-se à presidência em 2002. Guarde esta informação.

Em 2004, foi eleito prefeito de São Paulo, mas também não esquentou banco. Um ano e meio depois, saiu para concorrer ao governo do Estado. Ganhou a eleição, mas só pensava naquilo: chegar ao cume, digo, ser presidente.

Largou as obras do estado nas mãos do Paulo Preto e foi cuidar da sua campanha presidencial. Porém, em 2010, rolou montanha abaixo: perdeu para Dilma. Só foi ao segundo turno graças ao fator Marina. Guarde esta informação.

Em 2012, ele tentou reiniciar a sua escalada. Disputou a Prefeitura, só que tinha um Haddad no caminho. Em 2014, isolado no partido, sem possibilidade de disputar a Presidência, busca agora a vaga de senador, numa disputa direta contra Eduardo Suplicy.

Pois na semana passada saiu a relação de ministeriáveis de Marina Silva. Serra é cotado para a pasta de...(suspense)...Saúde! Juntou as informações anteriores? E lá vai mais uma notícia: Marina pretende ficar apenas quatro anos na Presidência. Não quer ser reeleita. No seu lugar, que tal indicar algum ministro com pasta importante para disputar a Presidência? Alguém da Saúde, por exemplo...

Pois é, eleitor, eleitora. Serra, o alpinista eleitoral, só tenta chegar ao topo graças ao oxigênio que o sustenta por anos a fio: o voto, dado de boa fé por aqueles que se iludem com o trololó de um político que jamais trouxe benefícios por onde passou, cujo compromisso é apenas com o seu ego e com seus financiadores.

Ele agora tenta uma nova escalada. Pois está na hora de provocar aquela avalanche de votos contrários que soterre sua candidatura de vez, bem como sua pretensão de ocupar o topo. O "Everest" não merece passar por isso.

O meu voto vai para Eduardo Suplicy.


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