Em 1994, foi eleito senador por São Paulo, mas não
esquentou banco. Virou ministro do planejamento de FHC e abriu vaga para um tal
Pedro Piva, empresário, filho do então presidente da Fiesp, o real financiador
da campanha.
Em 1998, virou ministro da Saúde. E, como ministro da
Saúde, candidatou-se à presidência em 2002. Guarde esta informação.
Em 2004, foi eleito prefeito de São Paulo, mas também não
esquentou banco. Um ano e meio depois, saiu para concorrer ao governo do
Estado. Ganhou a eleição, mas só pensava naquilo: chegar ao cume, digo, ser
presidente.
Largou as obras do estado nas mãos do Paulo Preto e foi
cuidar da sua campanha presidencial. Porém, em 2010, rolou montanha abaixo:
perdeu para Dilma. Só foi ao segundo turno graças ao fator Marina. Guarde esta
informação.
Em 2012, ele tentou reiniciar a sua escalada. Disputou a
Prefeitura, só que tinha um Haddad no caminho. Em 2014, isolado no partido, sem
possibilidade de disputar a Presidência, busca agora a vaga de senador, numa
disputa direta contra Eduardo Suplicy.
Pois na semana passada saiu a relação de ministeriáveis
de Marina Silva. Serra é cotado para a pasta de...(suspense)...Saúde! Juntou as
informações anteriores? E lá vai mais uma notícia: Marina pretende ficar apenas
quatro anos na Presidência. Não quer ser reeleita. No seu lugar, que tal
indicar algum ministro com pasta importante para disputar a Presidência? Alguém
da Saúde, por exemplo...
Pois é, eleitor, eleitora. Serra, o alpinista eleitoral,
só tenta chegar ao topo graças ao oxigênio que o sustenta por anos a fio: o
voto, dado de boa fé por aqueles que se iludem com o trololó de um político que
jamais trouxe benefícios por onde passou, cujo compromisso é apenas com o seu
ego e com seus financiadores.
Ele agora tenta uma nova escalada. Pois está na hora de
provocar aquela avalanche de votos contrários que soterre sua candidatura de
vez, bem como sua pretensão de ocupar o topo. O "Everest" não merece
passar por isso.
O meu voto vai para Eduardo Suplicy.
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