quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A força da grana que ergue e destrói coisas belas...

A notícia é estarrecedora: em Canasvieiras, litoral norte de Florianópolis, os turistas estão usando máscaras na tentativa de amenizar o mau cheiro. Há também um surto de virose.
Ano após ano, os problemas ambientais na ilha vão se sucedendo. Em 2012, no litoral sul, houve um vazamento de óleo ascarel, produto usado no passado como isolante térmico de equipamentos elétricos e proibido há décadas, por ser cancerígeno. Um transformador da empresa energética catarinense estava abandonado num terreno próximo ao rio. O desastre comprometeu a produção de ostras naquele ano.
De lá para cá, várias praias se tornaram impróprias para banho na temporada, notadamente aquelas voltadas para o continente, geralmente de mar manso.
Quando não é a poluição, é a apropriação indevida do espaço público que causa transtornos aos moradores e turistas. No ano passado, o Ministério Público Estadual chegou a fechar alguns beach clubs na praia de Jurerê Internacional por invadir a faixa de areia para fins particulares. Nesses locais, uma garrafa de espumante não sai por menos de R$ 5 mil.
A especulação imobiliária, a ganância, o conluio entre governantes e construtoras e o descaso governamental com a infraestrutura estão ajudando a transformar num esgoto a céu aberto um local antes considerado paradisíaco, cuja ocupação é relativamente recente.
Até os anos 80, a maioria das praias de Floripa estava praticamente intocada, quase selvagem. Atualmente, com poucas exceções, de selvagem mesmo só restou o capitalismo, que não faz questão de contrariar a própria natureza: ter altos lucros e destruir coisas belas.


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Foto: Marco Favero / Agencia RBS
 

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