quinta-feira, 11 de junho de 2015

CRUZES!



   A maior crucificação da história aconteceu em Roma, ano 71 ac. Seis mil escravos morreram na cruz. Entre eles, Spartacus, um dos líderes de um movimento que ousou enfrentar o poderoso exército romano.

   A crucificação era o método usado no passado para eliminar pessoas que se rebelavam contra o regime, aquelas que não combinavam com a moral e os costumes da época ou quem pregava ideias contrárias ao pensamento vigente, como Jesus Cristo.

   Só recebia este tipo de condenação quem não pertencia à sociedade romana, formada pelos chamados "homens de bem (ou bens)".

   Com o passar do tempo, a crucificação caiu em desuso.

   Mas assumiu a conotação de perseguição implacável a alguém ou a grupos específicos.
   Mais ou menos o que certos evangélicos fazem cotidianamente com os gays, ou que parte da sociedade está fazendo hoje com a artista que "ousou" encenar a sua crucificação na parada GLBT, pedindo que se dê um basta na homofobia.

   Com seu gesto, ela deu um ar de seriedade e politização a um evento que caminha para se tornar apenas um carnaval fora de época, cujos organizadores cobram taxas ilegais de outras entidades que queiram participar.

   Na linguagem popular, pegaram Viviany Beleboni para "Cristo" (uma expressão muito comum no passado). Por enquanto, apenas no sentido figurado, o que já é abominável!

   Ela que se cuide e que a sociedade progressista do País a proteja, pois os nossos calígulas andam com muita sede de vingança e poder. Até nomearam cavalos para o legislativo, vejam só...

Foto: Victor Moryiama - G1 São Paulo

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