segunda-feira, 1 de junho de 2015

As borras de café não mentem jamais...


Logo após a prisão do Marin, tentei descobrir o futuro da Fifa e do futebol mundial na borra do café expresso - aquele de cápsula - pois, como se sabe, o nível de precisão é bem superior ao café de coador e ao café solúvel.

Estava lá: Blatter será reeleito, apesar da tentativa dos americanos de influenciar a eleição da Fifa com as prisões espetaculares de dirigentes na véspera, acusados de corrupção.

No canto da xícara, o resto de pó indicava ampla maioria de votos para a situação, enquanto a oposição contaria apenas com os votos dos países seguidores de Plattini Neves, presidente da federação europeia, que até ameaçou boicotar eventos organizados por Blatter.

Hoje tomei outro café, para saber como repercutiu a reeleição entre os deuses, que só se relacionam com os mortais por meio de uma infusão de coffea arabica.

E todos foram unânimes em apontar que, com a derrota da oposição, os ataques continuarão e serão mais violentos, para tentar desestabilizar a administração vencedora.

As investigações prosseguirão. A força-tarefa do ministério público americano obterá mais provas contra os dirigentes fifeiros, com a inestimável ajuda do delator premiado, A. Youssef...digo, J. Hawilla.

Outras prisões acontecerão. Claro, sempre seletivas, para não chocar os homens de bens do planeta. Sem europeus ou norte-americanos nas listas. Haverá uma devassa na Concacaf, na Conmebol, nas federações da Ásia e da África, na organização da Copa Kaiser e na administração do Desafio ao Galo.

Até alguns jogadores do Fifa 15 para playstation 4 serão investigados, pois a justiça americana desconfia de lavagem de dinheiro na montagem dos elencos.

A operação, apelidada de "Jet Wash" por algum procurador americano engraçadinho, terá como objetivos: varrer a corrupção do mundo livre, impedir a realização da Copa na Rússia que poderá dar fôlego ao comunismo internacional, controlar o pré-sal...digo, o milionário esquema de cessão dos direitos de transmissão de vários torneios de renome e reduzir o traffic de influência na escolha das futuras sedes das copas.

Ansioso por mais revelações, bebi várias xícaras de café, de diversas marcas (exceto o Café Pelé, que costuma errar todas as previsões). Fiquei com uma insônia daquelas, mas valeu a pena.

Surgiram mais revelações. Marin cumprirá sua pena em regime fechado, em companhia de uma cinta de pano amarrada na janela, para nunca mais esquecer a farsa criada pelos militares para encobrir o assassinato de Vladimir Herzog com a sua inestimável ajuda.

Já em regime aberto, ele será obrigado a realizar trabalhos comunitários, como lustrar as taças do Barcelona duas vezes ao dia.

Blatter balançará no cargo mas não cairá, apesar das manifestações pelo seu impeachment, incentivadas pela presidenta dos EUA, Hilary Clinton, organizadas por Plattini Neves, que postula o cargo de presidente da Fifa, e comandadas pelas federações das Ilhas Faroe e Liechtenstein, que sonham com facilidades nas eliminatórias.

Grupos de manifestantes farão dezenas de passeatas em Zurique, sede da Fifa, vestindo camisetas amarelas...da seleção sueca.

Finalmente, na última xícara de café, chegou a confirmação de que vai ter Copa na Rússia. E terá boicote também. Os países europeus com maior tradição no esporte não participarão do evento. Seus canais de TV transmitirão outros esportes, como badmington, arremesso de anões e partidas de pebolim.

Os principais fornecedores de materiais esportivos farão corpo mole para não entregar as bolas a tempo. A antiga marca Drible será ressuscitada; e Plattini Neves fará  greve de fome para que Blatter renuncie.

Putin decidirá então batizar o torneio de Copa BRICS, só para tirar sarro dos americanos. Na verdade, será a Copa BRICSBUVAG, acrônimo ampliado após o ingresso de mais países emergentes no grupo: Bolívia, Uruguai, Venezuela, Argentina e  Grécia.

A final será surpreendente: num jogo muito disputado, a China vencerá a Venezuela com um gol de Conca no último minuto. O Brasil ficará em terceiro ao bater a Índia nos pênaltis.

Bem, e o País anfitrião, não se classificará para as finais? Não, apontou o desenho do pó de café. A Rússia abandonará a competição ainda na fase preliminar para que seus jogadores engrossem as fileiras do exército, pois suas fronteiras estarão extremamente ameaçadas. Lembra das Ilhas Faroe e Liechtenstein? Pois é. Não se conformaram em ficar fora da copa mais uma vez...

Daí para a guerra mundial é um pulo!






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