O telejornal
SPTV, especialmente a 1ª edição, com César Tralli, perdeu completamente sua
função primordial de informar o espectador com a qualidade e o aprofundamento
que o bom jornalismo exige.
Hoje se
limita a deformar opiniões, com três características principais: má vontade
permanente com a prefeitura paulistana, falta de rigor quando os problemas
acontecem no âmbito do governo do Estado e uma linguagem populista que
transforma o âncora em mais um "paladino da justiça", "defensor
dos pobres e oprimidos" e "zelador do dinheiro público" no nível
dos datenas e sheerazades da vida televisiva.
Invariavelmente, o alvo é sempre o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Um exemplo: Diante da
falta de pessoal para realizar podas de árvore, Tralli é capaz de
dizer coisas como "porque a prefeitura não usa o dinheiro arrecadado pelos radares da cidade para contratar mais funcionários"?
Obviamente,
ele não é o único responsável pela parcialidade do telejornal, pois cumpre
ordens que vêm de cima. Mas, pelo jeito, profissional aplicado que é, tenta ir além
das ordens que recebe, emitindo comentários rasos, típicos de uma cervejada entre
amigos mal informados num boteco qualquer.
E, como todo botequeiro que se preze, tenta grudar no prefeito a fama de "pintor" por abusar das tintas em ciclovias, passagens de pedestre, muros de arrimo dos arcos do Jânio etc. Evidentemente, há uma tentativa de repetir com Haddad o que foi feito com Marta Suplicy em 2004, cujo apelido - Martaxa - a acompanhou até perder a eleição para Kassab.
Tremenda barriga
Pois foi esta fixação em relacionar o prefeito ao uso exagerado de tintas que levou o SPTV do dia 28 de fevereiro - 2ª edição (excepcionalmente apresentado por Tralli) a cometer uma barriga, jargão jornalístico usado para definir notícia falsa ou errada. A matéria, realizada em frente à construção de uma ciclovia no canteiro central da avenida Paulista, foi toda
centrada no desperdício de tinta vermelha que escorreu pela calçada após a
chuva.
Para o âncora, a situação era “inacreditável”. E encerrou falando sobre o desperdício de tinta.
Porém, de acordo com o site Vá de Bike, não havia tinta no local. A ciclovia está sendo construída com concreto pigmentado na
cor vermelha, já utilizado em outras localidades de São Paulo (não, a cor das ciclovias
não é homenagem ao PT. Nem propaganda subliminar como alguns "especialistas" chegaram a afirmar. É padrão nacional. Mas, as colunas do Masp...talvez, rsrs).
Confira o texto completo sobre a reportagem furada do SPTV neste link: "A tinta da ciclovia da Avenida Paulista escorreu para o asfalto?"
Confundir tinta com concreto pigmentado é coisa do PIG. Foto: Vera Penteado Borges |
Nenhum comentário:
Postar um comentário