segunda-feira, 13 de junho de 2011

Para qual clube torce o UOL?


Uma imagem vale mais do que mil palavras, concordo. Talvez nem fosse necessário postar este texto no rodapé. Mas vale passar as seguintes informações: a capa do UOL é do dia 13 de junho de 2011, por volta das 14 horas. Dia seguinte à vitória do Corinthians sobre o Fluminense, que o deixou na vice-liderança do campeonato brasileiro.
No destaque, no alto da página, uma notícia referente ao São Paulo Futebol Clube, atual líder do torneio. Notícia positiva. Descobrimos que o sucesso do tricolor do Morumbi na conquista do tri brasileiro - pasme - se deve a Wiliam Bonner. Pelo menos na opinião de Muricy.
Do meio da página para baixo, três notícias sobre o Corinthians. Uma neutra (ou neutra demais, leia a chamada do Terra: "morre o ídolo do Corinthians que marcou gol histórico em 1971"); uma notícia negativa: o envolvimento do ex-jogador Gilmar Fubá com o roubo de automóveis, cuja prisão foi divulgada erroneamente pelo UOL, horas antes. E, quase no pé da página, mais uma notícia, bem lá embaixo, de pura sacanagem: após levar tiro do corintiano Castan...
Realmente, é difícil para o grupo Folha seguir o seu próprio manual de redação. Ou disfarçar a sua vocação para ser o porta-voz da elite paulistana, avessa a tudo que cheira a povo. Ex-jogador não é representante do seu ex-clube. E o clube também não é responsável pelas atitudes dos seus atuais jogadores fora do campo, como o "tiro" (sem querer, de chumbinho) desferido por Castan.
Mas o que a página insinua é que o clube do Parque São Jorge está sempre relacionado às notícias policiais, fazendo coro com as brincadeiras dos torcedores de times adversários. Graças ao UOL, Gilmar Fubá ficou entre os TTs do Twitter no final desta tarde. Com a ajuda do UOL, Gilmar Fubá já foi condenado nas rede sociais. E, com ele, o clube do Parque São Jorge.
A página de hoje à tarde não entra para o rol das infelizes coincidências. Basta observar com mais atenção a postura da Folha de São Paulo e dos seus filhotes editoriais com o futuro estádio do Corinthians em Itaquera: vai da má vontade à pura zombaria em questão de parágrafos. O tom jocoso está presente no apelido que deram à obra: "Itaquerão", nome estranho para uma população que não tem por hábito colocar os seus estádios no aumentativo. Não se ouve falar pela cidade em Morumbizão, Canindezão, Belmirão, e por aí vai.

PS: A elite paulistana e os jornais que a representam não querem a abertura da Copa em Itaquera. Ou melhor, não querem jogo enhum da Copa em Itaquera, bairro pobre da zona leste paulistana. Para eles, a alternativa é deixar São Paulo fora do torneio mundial, já que o estádio do Morumbi está descartado. 
Parece que o plano está dando certo. A CBF pensa em levar a abertura a outra capital. Para deleite de alguns moradores de Higienópolis, que não aguentam mais ouvir falar em"gente diferenciada". E para alívio do governador paulista, que teria que investir pesado em obras sociais numa região extremamente carente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário